Atividades de Pesquisa
1. EFICÁCIA DA VACINA MULTIVALENTE ANTI-HPV (6, 11,16, 18) EM MULHERES DE 16 A 26 DE IDADE.
COORDENADOR PROFESSOR EDISON NATAL FEDRIZZI.
O Centro de Pesquisas Clínicas “Projeto HPV” iniciou suas atividades em fevereiro de 2002 com pesquisas relacionadas à infecção pelo Papilomavírus humano (HPV). Localizado no andar térreo do Hospital Universitário da UFSC, o Centro de Pesquisa vem aprimorando seus estudos com diferentes pesquisas relacionadas às doenças de transmissão sexual, com ênfase na prevenção. O primeiro estudo foi realizado com mulheres jovens, sexualmente ativas, para avaliar a eficácia de uma vacina preventiva contra a infecção pelo HPV. O trabalho realizado pela equipe de pesquisa teve destaque entre os diversos Centros do país, tornando-o um centro de referência para novos estudos. Os resultados desta primeira investigação demonstrou uma eficácia na prevenção das lesões pré-cancerosas do trato genital inferior e verrugas genitais em 99-100%, o que a colocou disponível no comercio em 2007. Em 2005 iniciamos uma nova pesquisa, agora envolvendo homens jovens para avaliar a eficácia desta vacina na prevenção das doenças ano-genitais masculinas associadas ao HPV. Neste período, juntou-se à equipe de pesquisa Dr. Reginaldo Pereira Oliveira (médico urologista) e o enfermeiro Nicolau Marques Júnior. Os primeiros resultados deste estudo deverão estar disponíveis no segundo semestre de 2008. A equipe inicial era composta por: Edison Natal Fedrizzi, investigador Principal. Miriam K.T.C. Melo, coordenadora. Silvana Maria Pereira, enfermeira. Luís Fernando Sommacal, médico ginecologista. Clarisse Fontana, médica ginecologista. Josué Souza, médico patologista. Kelli Regina Silva, secretária. – Aconpanhamento por 10 anos homens jovens vacinados com a vacina quadrivalente anti-HPV Edison Natal Fedrizzi. Encerramento das atividades em 2022.
2. EFEITO DA VACINA TRÍPLICE VIRAL (MMR) COVID-19
COORDENADOR PROFESSOR EDISON NATAL FEDRIZZI.
Os voluntários vacinados com a tríplice viral tiveram redução de 54% de chance de ter sintomas de Covid-19, enquanto o risco de serem internados caiu para 74%. Dados preliminares da pesquisa que está sendo realizada pelo Centro de Pesquisa do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). A tríplice viral, como é conhecida a vacina MMR – que age contra sarampo, caxumba e rubéola –, usa microorganismos vivos e atenuados. Vários estudos têm demonstrado que esse tipo de imunizante apresenta uma excelente resposta imunológica a vários outros agentes, a chamada imunidade heteróloga. Desde julho, os pesquisadores catarinenses estão estudando o seu efeito na prevenção e na severidade da Covid-19, causada pelo novo coronavírus. O Centro de Pesquisa no HU-UFSC está fazendo a pesquisa com 430 voluntários da área da saúde. Uma parte recebe o imunizante e a outra, placebo (substância inativa). O estudo ainda está em andamento, com avaliação clínica e exames PCR dos participantes, com previsão de ser finalizado em março. De acordo com o professor Edison Natal Fedrizzi, coordenador do estudo, uma “análise interina” é realizada quando já é possível verificar a eficácia de uma substância em relação ao placebo. “Não é a análise final. No decorrer do estudo, vamos fazendo algumas análises para avaliar possíveis efeitos colaterais e a eficácia do tratamento. Quando a gente tem um resultado significante, que está demonstrando a realidade, já começamos a divulgar porque provavelmente ele vai se manter ou melhorar até o final do estudo”, explicou.A ideia por trás do estudo não é substituir as vacinas específicas, que já estão sendo administradas no Brasil. A tríplice viral, amplamente usada no Sistema Único de Saúde, pode ajudar na estratégia de vacinação. Como mostra a nota: “Estes resultados são bastante animadores, pois trata-se de uma vacina não específica para o novo coronavírus, mas que mostrou resultados de eficácia semelhante a algumas vacinas específicas divulgados recentemente. Em hipótese alguma a vacina tríplice viral irá substituir a vacina específica. No entanto, seria muito útil se fosse possível vacinar os grupos não prioritários com esta vacina até que tenhamos a disponibilidade de vacinar toda a população com as novas vacinas contra a COVID-19.”O estudo da UFSC também está avaliando por quanto tempo a tríplice viral age contra o coronavírus. A hipótese é de que seja de três a seis meses, caso o paciente receba uma dose, ou oito meses a um ano, no caso de duas doses. Isso porque a tríplice viral, contra o coronavírus, age de uma forma diferente das vacinas específicas. “Estamos usando um efeito deste tipo de vacina que é a primeira fase da imunidade, a imunidade nata. A imunidade de longo prazo é chamada de humoral, associada à produção dos anticorpos específicos contra o microorganismo alvo da vacina. A humoral produz anticorpos. A celular é a produção de células de defesa do nosso organismo no primeiro combate frente a um organismo agressor. É uma proteção contra qualquer infeção”, informou Fedrizzi.Além da Fapesc, o estudo também conta com apoio do Laboratório FioCruz – Bio-Manguinhos, Secretaria Estadual de Saúde (SES – LACEN) e Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis (SMF). Encerramento das atividades em 2022.